segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um futuro verde nos aguarda...


Ultimamente estamos sendo bombardeados por dicas e fórmulas para salvar o mundo. São exemplos de atitudes que devem ser colocadas em prática antes que seja tarde demais. Concordo e confesso que pratico e divulgo várias dessas práticas como escovar os dentes com a torneira fechada, desligar o chuveiro na hora de se ensaboar, somente ligar a torneira na hora de realmente enxaguar os pratos, entre outros comportamentos.

Alguns céticos se perguntam qual a diferença que farão ao mundo? Eu respondo toda a diferença. E sem querer parecer a mais correta das pessoas afirmo que essas minhas atitudes foram adquiridas na infância, muito antes dessa avalanche de notícias sobre sustentabilidade.

O que somente confirma a importância da educação, dos bons exemplos, pois, estes sempre estiveram e sempre estarão em moda.

Infelizmente, é sabido por todos nós que a educação não é privilégio de todos, como deveria ser... E é por isso, que venho reforçar aqui a importância de darmos bons exemplos para serem seguidos.

O desafio de transformar o mundo em um ambiente mais sustentável foi colocado aos participantes do Global Forum América Latina (GFAL) realizado recentemente em João Pessoa-PB.

A Investigação Apreciativa, método utilizado no evento, busca o melhor das pessoas, das suas organizações e do mundo ao redor. Os participantes do encontro fizeram a sua parte e deram o melhor de si.

Para reduzir o impacto ambiental a organização do GFAL Nordeste utilizou materiais reciclados na produção do material de divulgação do evento, como nos banners feitos em tecido, e ainda no kit composto de lápis e canetas, blocos de notas e folders.

Para não utilizar produtos descartáveis foram distribuídas canecas de porcelana e o buffet também entrou no clima utilizando pratos de porcelana, copos de vidro para servirem um cardápio regional e saudável. Os kits do evento também foram confeccionados em algodão colorido, típico do estado da Paraíba. Todas estas atitudes traduziram na prática a utilização do tripé econômico, social e ambiental.

Se depender dos cerca de 500 participantes do Global Forum América Latina (GFAL), um futuro verde nos aguarda!

Um comentário:

Rogério Tomaz Jr. disse...

Catharina, reflexão importante, sem dúvida. Vou até escrever sobre isso, de outro ponto de vista. Mas adianto aqui alguns elementos: o consumo individual/humano/familiar dos recursos naturais representa uma parcela muito pequena quando comparado ao consumo industrial, agrícola ou nos transportes. Não tenho os dados exatos, mas sei que, na energia, os individuos não representam sequer 20% do total do consumo. Na água, não chega a isso também. O comportamento individual, a rigor (e temos que ser rigorosos na análise, sempre), faz pouca diferença se não influenciar, DE FATO, mudanças no MODELO DE DESENVOLVIMENTO E ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE (leia-se: capitalismo). A mudança de hábitos e práticas cotidianas serve, muito, pra aliviar a consciência de culpa (ou de co-responsabilidade, pra ser menos "católico") quanto à destruição do nosso mundo. É pedagógica e serve, inclusive, quando adotada em larga escala (o que está longe de acontecer no Brasil, independente de classe social ou nível de instrução), de instrumento de pressão e cobrança sobre os setores que mandam na nossa vida. Porém: 1) tais práticas "ecologicamente corretas" podem ser diluídas nas contradições também individuais. Por exemplo, quando alguém que não tem carro adquire um, vai pelo ralo, é "neutralizada" toda a contribuição que ela deu ao tomar banhos rápidos, regular as torneiras, lâmpadas e eletrodoméstico, separar o lixo etc, porque o CO2 (entre muitas outras substâncias nocivas) que ela passa a despejar diariamente na atmosfera é 100X mais impactante (negativamente) do que as economias que ela conseguiu acumular e 2) essas mudanças individuais são como o xarope para a gripe, podem esconder os sintomas, mas não curam a doença. E quem tenta atacar a doença é (des)qualificado como "ecochato", "terrorista", "romântico", "idealista", "obscurantista", "dinossauro", "anti-progresso", "anti-desenvolvimento" e por aí vai... quer exemplos? Tenho aos montes... essa prática de usar canecas (de porcelana ou de outros materiais) em eventos, no movimento estudantil, existe há décadas... em 2002, num desses eventos, em Maceió, vi e ouvi gente me dizer que isso era "besteira, "coisa de hippie", "anti-higiência" e "coisa de ecochato"... abreijo!