segunda-feira, 25 de junho de 2007

Você é hands on?

Neste início de semana, gostaria de compartilhar com vocês um texto do colunista Max Gehringer, publicado há algum tempo atrás na Revista EXAME. Vale a pena refletir sobre esta questão!


VOCÊ É HANDS ON ??

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação superior, liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais.
Ou seja, um pitico. Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais.

A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.
E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.

- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês.
Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês
se aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.
Alguém ponderará - com justa razão- que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.

Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel.

Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!

Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação. Só que não sabia nem abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida. Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz:

O que é capaz de resolver, mas não de impressionar.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O significado da liderança


Todos nós buscamos oportunidades, reconhecimento. Buscamos viver num mundo justo e solidário. Os pessimistas de carteirinha devem estar pensando... Impossível. Este mundo não existe. Mas, os otimistas como eu, podem comemorar. Este mundo é possível e existe quando estamos rodeados de líderes. E ao contrário do que muitos podem pensar, estas pessoas estão presentes em diversas formas e em diversos lugares. Para que possamos entender o verdadeiro líder vou utilizar a metodologia inversa, ou seja, começarei falando de quem não é líder e vocês entenderão bem o que é.
Sabe aquele chato que pega no seu pé o tempo inteiro? Sabe aquele indivíduo que parece fiscal da prefeitura atrás de camelô irregular que fica o tempo todo controlando seu trabalho? Bem, este é chefe, porque líder está bem longe disso. As verdadeiras lideranças são grandes construtores da cultura organizacional. O líder é aquele que transmite os valores da empresa, que forma outros líderes. E mais ainda, líder é aquele que tem o dom de educar.
O bom líder sabe trabalhar em equipe. O bom líder forma líderes que por sua vez formam boas equipes. O líder potencializa talentos. O líder incentiva e valoriza a diversidade. E diversidade implica em: considerar as pessoas pelas suas competências e estimular o aprendizado organizacional pelo trabalho em equipe com pessoas diferentes. Para manter essa mentalidade necessitamos de um constante aprendizado, de uma atualização permanente. E convenhamos, nós só aprendemos de fato quando convivemos com pessoas diferentes. Desta forma, desejo a todos que a diversidade faça parte do DNA de cada um de nós, que todos possam ser tratados com equidade e justiça e que as pessoas sejam tratadas pelas competências que entregam e não pela aparência que apresentam.
Sendo assim, viva a diferença!

Idéias extraídas durante o Fórum Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência (junho/07)

terça-feira, 5 de junho de 2007

O meu ambiente...


05 de junho, dia mundial do Meio Ambiente. Logo cedo, recebi uma muda de árvore na Paulista. A iniciativa faz parte das ações de sustentabilidade de um dos grades bancos que temos no País. Mas aí vem a pergunta: que tipo de ambiente nós queremos? Como é o ambiente ideal pra se viver? Com certeza as repostas serão as mais diversas possíveis.

Mas uma coisa é certa, se continuarmos a agir da forma que estamos agindo provavelmente muito em breve, não teremos mais ambiente nenhum para vivermos. Para quem mora em grandes cidades como São Paulo, a cidade dos sonhos é aquela sem congestionamentos gigantescos, sem poluição... com mais verde! Porém, mesmo quem mora em cidades menores, cidades litorâneas deve preocupar-se com as consequências dos atos de seu dia a dia.

Por vezes, falar de preservação ambiental, reflorestamento e outras ações, parece ser uma realidade bastante distante da nossa. É comum também querermos mudar e não sabermos o que fazer pra melhorar o ambiente que vivemos. Que tal então começarmos agora?

Aí vão algumas dicas simples que com certeza farão a diferença para nós mesmos e para as futuras gerações.
  • Feche a torneira enquanto escova os dentes. Esta é uma forma simples e eficiente de economizar água. O mesmo pode ser feito no banho. Evite passar o sabonete e lavar os cabelos com o chuveiro aberto;

  • Você pode usar os dois lados da folha de papel e imprimir o mínimo possível.

  • Use transporte público pelo menos uma vez por semana.

Se quiser mais dicas, visite o site do Greenpeace.

E lembre-se na matemática do meio ambiente, 1 + 1 é sempre mais que dois. Por isso, comece a fazer sua parte agora!