sexta-feira, 27 de julho de 2007

A Amazônia que une

por Eduardo Savanachi

Em meio a um vasto mar verde, recheado de uma biodiversidade rica e única no planeta, imensos clarões roubam a magnitude da paisagem. Mesmo do alto, é fácil avistar a terra seca, preenchida de pequenas toras, restos de arvores, sinais de um desmatamento acelerado, desmedido e ilegal.
Essa foi a visão que comoveu e preocupou um grupo de atores da rede Globo que sobrevoavam a floresta amazônica durante a gravação da mini-série “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes” exibida pela emissora entre os meses de janeiro a abril deste ano.
Até então, entre os atores a preocupação com essa importante floresta era a mesma comum a maioria das pessoas, ou seja, uma visão distante e pouco interessada. Aquele sentimento de “eu não posso fazer nada”.
A visão foi tão assustadora que os motivou a criarem o movimento “Amazônia para Sempre”, onde através de um site recolhem assinaturas para que seja criada uma lei de proteção total a Amazônia. O endereço da página é http://www.amazoniaparasempre.com.br/, lá também é possível ler um manifesto escrito pelo ator Juca de Oliveira, onde ele fala da necessidade e urgência de preservação daquela região.
O caso dos atores não é um fato isolado. Embora ainda seja cedo para dizer que o Brasil abriu os olhos para o desmatamento da Amazônia, a preocupação com esse problema tem crescido nos últimos anos. Tanto que registramos o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo.
Ainda de forma tímida a sociedade vem se mexendo e criando maneiras de lutar contra esse atentado. Um exemplo disso foi um projeto anunciado há pouco mais de um ano, através de uma inédita, e até então improvável, parceria entre ONG’s ambientais, empresas exportadoras e lideres do agronegócio brasileiro, que anunciaram a Moratória da soja. Um projeto que determinava que as empresas não comprariam ou comercializariam soja que fosse proveniente de novas áreas de desmatamento na região do bioma amazônico, durante os próximos dois anos. É bom salientar que de acordo com o código florestal brasileiro, produtores são obrigados a conservar 80% da área nativa de suas propriedades, podendo, portanto, utilizar 20% da sua área para produção agrícola. Contudo, a moratória pede ao produtor que vá além da lei, preservando o bioma integralmente.
A soja plantada nessa região representa pouco mais de 0,3% da produção nacional e cerca de 1,6% da área desmatada no bioma. Pouco, mas que está sendo trabalhado para que não tome proporções problemáticas.
Os primeiros resultados do projeto foram anunciados em uma reunião em São Paulo que colocou lado a lado o presidente do Greenpeace Paulo Adario e Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Industrias de Óleos vegetais, Abiove, discutindo as questões de proteção ao bioma. O trabalho conjunto entre uma Ong ambiental e um representante do setor agrícola., mostra o quanto é possível, através da união e trabalho, propor alternativas aos vários problemas que envolvem as questões ambientais. Tanto o movimento Amazônia para sempre, quanto o projeto da Moratória da soja, ambos em defesa da floresta, mostram que existem diferentes caminhos para se lutar e que todos, de uma forma e de outra, podem e devem se envolver nessa importante questão. A luta pela preservação do bioma amazônica é responsabilidade de todos nós.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Depois do luto, a revolta...


Uma semana depois da tragédia que comoveu o país, ainda estamos na mesma... Sem explicações, sem soluções e ainda tendo que conviver com a irresponsabilidade de nossos governantes.

Prezar pela vida humana também é responsabilidade social, talvez (ou sem dúvidas), a maior delas...

O selo acima foi criado pelo Mentor Muniz Neto, da Bullet, e pelo Michel Lent, da 10 Minutos. Apoiado!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Luto...


Um sentimento de dor coletiva tomou conta do país na noite desta terça-feira, 17 de julho, quando o Airbus 320 da TAM se chocou contra o prédio da própria companhia ao tentar pousar em Congonhas, em São Paulo. Até o momento estima-se que 200 pessoas estejam envolvidas no maior acidente aéreo do Brasil e da América Latina.
Famílias detruídas, sonhos interrompidos... De quem é a culpa? Ainda não sabemos. Mas quantas vidas mais precisarão ser tiradas para que nossos governantes resolvam tomar as devidas providências para um caos aéreo que se arrasta desde setembro do ano passado?

Que estas vidas não tenham sido destruídas em vão...
Que estas famílias possam encontrar consolo e paz...

E que voar continue sendo sinônimo de liberdade e não de medo!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Já calculou a sua Pegada Ecológica?


Cada um de nós, no seu dia-a-dia, provoca um determinado impacto no Planeta. As nossas opções enquanto consumidores, a forma como nos deslocamos, a quantidade de resíduos que produzimos e até o tipo de alimentação que consumimos, implicam o uso de uma determinada porção de recursos naturais. A Pegada Ecológica traduz a área de terreno produtivo (terra e mar) necessária para produzir esses recursos e assimilar os resíduos produzidos por um cidadão ou por uma determinada população. Sumariamente, através de um simples questionário, é possível calcular um valor (em hectares) que expressa a quantidade de “Planeta” que determinada pessoa necessita para manter o seu estilo de vida, e saber quantas “Terras” seriam necessárias para sustentar uma população humana em que todas as pessoas tivessem um modo de vida similar a esse.

Calcule já a sua pegada ecológica, clicando no link abaixo.

http://www.earthday.net/footprint/index.asp

terça-feira, 3 de julho de 2007

Espelho, espelho meu...


Há duas semanas, eu estava aqui no Cola Social falando com vocês sobre o significado da liderança. Falávamos em líderes, em pessoas com potencial para educar e transmitir valores. Falávamos da importância de líderes nas organizações para o bom andamento das empresas e, porque não dizer, da sociedade. Volto ao assunto porque as notícias presentes na mídia nas últimas semanas vêm cada vez mais reforçar a necessidade de bons exemplos.
É preocupante ver adolescentes aparentemente bem criados, agredindo uma mulher e ainda usando para isso uma justificativa covarde e ao mesmo tempo preconceituosa. Aonde vamos parar? Realmente, não sei. Mas o que leva, jovens a agirem de forma insana, é com certeza a falta de educação e de amor em suas famílias. E esta educação não tem nada haver com condição social. E o amor de que falo nada tem haver com presentes caros, viagens e demais ostentações. Hoje, ou em qualquer época, amor é simplesmente amor. E falta dele dá origem a gerações completamente perturbadas e a mentes doentias... Talvez seja mais ou menos isto que estejamos vivendo nos dias atuais. E de quem é a culpa? A culpa é da escassez de bons exemplos. Em casa, na escola e na maioria dos lugares. Os pais saem pra trabalhar com o propósito da subsistência e esquecem de acompanhar a vida dos filhos. Esquecem de dar amor, de fazer a lição da escola junto, de levar pra passear, de contar uma história antes de dormir, de abraçar dizendo o quanto ele é importante... de vigiar o sono e de dar um beijo de boa noite. Pode parecer piegas, mas estes pequenos gestos fazem a diferença. E é de pessoas diferentes, mas acima de tudo amadas que as empresas e mundo estão precisando. O mundo precisa de bons exemplos. Eu sempre tive meu espelho... E você, sabe em quem se espelhar?