quarta-feira, 27 de abril de 2011

Seminário divulga a norma internacional ISO 26000

Publicada em 27/04/2011 pela CNI.

O combate à discriminação e à corrupção são desafios para a implantação da ISO 26000, a norma internacional de responsabilidade social, nas empresas brasileiras. A afirmação é do presidente mundial da ISO 26000, Jorge Cajazeira, que esteve no seminário de divulgação da norma, realizado nesta terça-feira, 19 de abril, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

Segundo Cajazeira, as empresas brasileiras associam, na maioria das vezes, responsabilidade social à filantropia, mas não é só isso. Ele destaca que várias grandes empresas que faliram tanto no Brasil quanto no mundo estavam envolvidas em esquemas de corrupção. “A questão de envolvimento com fraudes, de má governança organizacional e até erros nas atitudes socioambientais são os fatores que mais levam empresas à falência e não apenas questões eminentemente financeiras”, destacou.

O gerente-executivo de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI, Emerson Casali, disse que a norma ISO 26000 veio para esclarecer o tema para as organizações e associar a responsabilidade social a ações éticas. “As empresas passam a mudar a ideia de apenas financiar ações beneficentes, mas de ter uma atitude correta com todas as partes envolvidas. Essa mudança de pensamento é fundamental para a construção de um país mais sustentável”, afirmou.

Para o gerente-executivo da Unidade de Responsabilidade Social do Serviço Social da Indústria (SESI), Alex Mansur, o tema deve ser visto como forma de melhorar os negócios. “As preocupações com a responsabilidade social torna a gestão das empresas mais ágil e transparente”, disse.

Cerca de cem pessoas participaram do seminário de divulgação da ISO 26000. O evento é uma parceria da CNI com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e com as empresas Suzano, do setor de papel e celulose, e da Petrobras. Outros encontros para apresentar a norma a empresários foram realizados desde o ano passado em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. Neste ano, serão realizados outros eventos em capitais do país.

Mais informações sobre a norma podem ser obtidas nos seguintes links:

www.iso.org/sr
| Informativo do Grupo de Trabalho Internacional
www.abnt.org.br | ABNT, informações e acesso ao “comitê espelho” brasileiro
www.uniethos.org.br/gtethosiso26000 | Instituto Ethos, com informações sobre atividades de implementação e acesso aos registros do grupo de trabalho de empresas que acompanhou a construção da norma.
www.gao.org.br | GAO – Grupo de Articulação da ONGs Brasileiras na ISO 26000, com informações sobre as atividades e acesso ao grupo de entidades envolvidas na construção da norma e sua implementação.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Seminário divulga a norma de responsabilidade social em Brasília


Publicada em 20/04/2011 pelo Blog de Relações do Trabalho. Por: Catharina Castro.

Brasília - Empresários, representantes do poder judiciário e da sociedade civil tiveram a oportunidade de conhecer mais detalhadamente a norma internacional de responsabilidade social, a ISO 26000. Em Seminário realizado ontem na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente mundial da ISO 26000, Jorge Cajazeira, e diversos especialistas no tema apresentaram a Norma, seu processo de construção e as principais orientações e direcionamentos para a indústria brasileira.

Lançada no Brasil em dezembro de 2010, a ISO 26000 é a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Empresarial. O documento, que começou a ser desenvolvido em 2005, propõe diretrizes que ajudam as empresas de diferentes portes, origens e localidades a implantar e desenvolver políticas baseadas na sustentabilidade.

Para o gerente-executivo de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Associativo da CNI, Emerson Casali, a norma foi lançada em um momento oportuno e desfaz muitas confusões em torno do conceito de responsabilidade social. "A norma esclarece que o conceito de responsabilidade social baseia-se em relações éticas com os diversos públicos da empresa e afasta a ideia de responsabilidade social como ação social”, destaca Casali.

O Seminário de Divulgação da ISO 26000 – A norma internacional de responsabilidade social foi realizado pela CNI em parceira com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e com as empresas Suzano Papel e Celulose e Petrobras. O evento atraiu cerca de 150 pessoas interessadas no tema.

Ainda este ano, estão programados outros eventos de divulgação em diversas capitais do país.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CNI realiza seminário de divulgação da ISO 26000 em Brasília


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) irá realizar no dia 19 de abril, em Brasília, o Seminário de Divulgação da ISO 26000 - A norma internacional de responsabilidade social, em parceria com a ABNT, a Suzano e a Petrobrás.

O evento que contará com a presença de Jorge Cajazeira, presidente mundial da ISO 26000, e de outros especialistas no tema, pretende apresentar o processo de construção da norma, uma visão geral sobre o tema e as principais orientações e direcionamentos para a indústria brasileira.

Lançada no Brasil em dezembro de 2010, a ISO 26000 é a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Empresarial. O documento, que começou a ser desenvolvido em 2005, propõe diretrizes que ajudam as empresas de diferentes portes, origens e localidades a implantar e desenvolver políticas baseadas na sustentabilidade.

A ISO 26000 serve como um importante norte para as corporações e não tem caráter de certificação e nem pretende entrar em conflito com os documentos, tratados e convenções internacionais já existentes. Entre os princípios já estabelecidos para a ISO 26000 estão: Responsabilidade; Transparência, Comportamento Ético; Consideração pelas partes interessadas (stakeholders); Legalidade; Normas Internacionais; Direitos Humanos.

Além dos princípios, os temas centrais do documento envolvem as áreas de Governança Organizacional, Direitos Humanos; Práticas de Trabalho; Meio Ambiente; Práticas Leais de Operação; Combate à Corrupção e Propina; Consumidores e Envolvimento e Desenvolvimento da Comunidade.

O seminário acontece das 08h30 às 13h00, no auditório da CNI, em Brasília. As vagas são limitadas e as inscrições poderão ser feitas até 18 de abril, pelo e-mail eventos@abnt.org.br.

Serviço

O quê: Seminário de Divulgação da ABNT NBR ISO 26000 - A Norma Internacional de Responsabilidade Social
Quando: 19 de abril de 2011
Horário: 8h 30 às 13h
Local: Confederação Nacional da Indústria - SBN quadra 1 bloco C Edif. Robert Simonsen - Auditório – Primeiro Subsolo - Brasília/DF

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Programa LEAD New Earth Leaders abre inscrições para a nova turma de formação de lideranças para a sustentabilidade


A Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças ABDL/LEAD Brasil lança a 2ª Edição do programa LEAD New Earth Leaders. O programa é dirigido a profissionais que tenham interesse em desenvolver habilidades para atuar de forma colaborativa no desenho e implementação de iniciativas voltadas à sustentabilidade de suas organizações ou comunidades.

A metodologia de formação para ação do programa promove o fortalecimento das capacidades de liderança através de processos de aprendizagem, vivências e da implantação de iniciativas e projetos desenvolvidos pelos/as próprios/as participantes em suas comunidades e/ou organizações.

O programa aborda a temática da sustentabilidade a partir dos princípios da Carta da Terra. Conforme destaca Mirian Vilela, Diretora Executiva da Carta da Terra Internacional, “é fundamental re-orientar as práticas e decisões corporativas em direção à construção de uma sociedade justa, pacífica e sustentável; e neste processo, a educação é fator fundamental”. O programa oferece também aos/às participantes uma jornada de aprendizagem inspirada na Teoria U, desenvolvida por Otto Scharmer, que articula o sentir, o refletir e o agir.

O LEAD NEL é desenvolvido em parceria com a organização holandesa Mutual Learning Journeys e contará com participantes do Brasil, Holanda e África do Sul. O programa é modular, compreendendo um módulo básico (obrigatório), constituído por três encontros, realizados em São Paulo e Rio de Janeiro, e dois eventos internacionais complementares, os quais o/a participante pode optar por um deles ou ambos, sendo:

· Imersão e co-criação baseada na Teoria U, realizada em Santarém (Pará), com colegas holandeses e sul africanos (setembro)

· Seminário internacional do LEAD, sobre liderança, sustentabilidade e economia verde, realizada em Ottawa, Canadá (outubro)

“O programa oferece uma oportunidade diferenciada para os participantes desenvolverem as suas capacidades de liderança através de uma jornada de aprendizagem que contempla desafios de sustentabilidade no mundo real, além do intercâmbio de experiências com profissionais da Holanda, África do Sul e outros países” conclui Dalberto Adulis, Diretor Executivo da ABDL/ LEAD.

O processo de seleção para o LEAD New Earth Leaders está aberto até 15 de maio de 2011 e as inscrições devem ser realizadas através do envio de formulário disponível no site da ABDL.Os candidatos pré-qualificados passarão por uma entrevista e os critérios de seleção incluem: diversidade (gênero, formação, área de atuação), experiência, potencial e interesse de cada candidato, assim como domínio da língua inglesa.

Sobre as Organizações envolvidas:

ABDL – Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças: Organização sem fins lucrativos com a missão de articular lideranças para o desenvolvimento sustentável. Desenvolve programas de formação de liderança, de capacitação e mobilização de agentes sociais em temas como sustentabilidade, mudanças climáticas, , desenvolvimento, e governança. Os egressos dos programas tornam-se integrantes de uma rede de fellows, constituída por mais de 500 profissionais, de diferentes setores e áreas de atuação.http://www.abdl.org.br.

A CARTA DA TERRA - A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. A primeira versão do documento foi elaborada em evento paralelo da Cúpula da Terra (Eco-92), realizada no Rio de Janeiro em 1992. A elaboração completa da declaração levou oito anos em um processo participativo que envolveu milhares de pessoas de todas as raças, credos, idades e profissões, incluindo especialistas em ciências, filosofia, ética, religiões e leis internacionais em todos os continentes. Sua versão final foi lançada em 29 de Junho de 2000 no Palácio da Paz em Haia na Holanda pela Rainha Beatrix. Em 2003 a UNESCO reconheceu a Carta da Terra como um importante marco ético e instrumento chave para um mundo justo, pacífico e sustentável.www.cartadaterrabrasil.org http://www.earthcharterinaction.org/content/

LEAD - Leadership for Environment and Development (Liderança para o Meio Ambiente e Desenvolvimento): Rede de organizações e programas de formação de liderança nascida em 1992 e presente em 14 países e regiões do mundo. Os egressos dos programas LEAD fazem parte de uma comunidade de fellows, com mais de 2000 integrantes. A ABDL é a organização responsável pelo LEAD no Brasil. http://www.lead.org

Mutual Learning Journeys – Organização Holandesa que desenvolve programas de cooperação e intercâmbio em países em desenvolvimento em parceria com organizações locais com o objetivo de promover a educação para um mundo sustentável. http://www.mutuallearningjourneys.nl

Fonte: Assessoria de Comunicação

terça-feira, 5 de abril de 2011

Câmara dá últimos retoques em Código Florestal


Publicada em 05/04/2011 pelo Veja.com. Autor: Aldo Rebelo.

Grupo de trabalho se reúne nesta terça com missão de aparar divergências em itens como a anistia a desmatadores e tamanho da reserva legal

A Câmara dos Deputados deve dar nesta terça-feira o penúltimo passo para a votação do novo Código Florestal. O grupo de trabalho criado para formatar o texto final do projeto deve encerrar os trabalhos. Esta é a reta final de uma discussão que teve início em 1996. O Código Florestal tem um grande impacto sobre a preservação do meio ambiente, já que trata dos limites a ser preservados pelos agricultores.

A discussão sobre o tema foi intensificada no segundo mandato do governo Lula. A proposta em tramitação foi lapidada pelo relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) e pela Comissão Especial criada para discutir o tema. Mas ainda restavam arestas a ser aparadas. A nova legislatura da Câmara decidiu criar um grupo de trabalho com a missão de fechar acordos e agilizar o debate em plenário.

A chamada Câmara de Negociação recebeu 55 propostas do Executivo, de parlamentares e de entidades ligadas ao meio-ambiente e aos produtores rurais. Os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Piau (PMDB-MG) serão os responsáveis por compilar as propostas e apresentar uma sugestão de acordo nesta terça. "Vai ser um processo interessante para dar um pouco mais de razão ao debate", analisa o coordenador do grupo, Eduardo Gomes (PSDB-TO).

O assunto deve entrar na pauta da Câmara nesta terça-feira - o que não quer dizer que o Código Florestal será votado pelo plenário no mesmo dia. O clima favorável, no entanto, permite que o texto seja submetido a votação na semana que vem. Já chegará com atraso: o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), havia prometido colocar o Código Florestal em pauta até o fim de março. De qualquer forma, o Congresso caminha para pôr fim a uma discussão de uma década e meia.

A bancada ambientalista, que critica pontos centrais do texto de Aldo Rebelo, sabe que tem minoria de votos na Câmara. Por isso, demonstra disposição em negociar temas controversos. "Nós não temos vantagem numérica. O discurso dos ruralistas, no sentido de promover esse retrocesso, é um discurso fácil, falacioso", diz o deputado Sarney Filho (PV-MA).

Impasses - Três itens ainda causam divergência entre parlamentares: o tamanho da reserva legal, a faixa de proteção às margens de rios e a anistia concedida a quem já desmatou até julho de 2008, data em que entrou em vigor um decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais . "São dois debates verdadeiros e um falso", analisa o relator Aldo Rebelo.

Para ele, a discussão sobre o perdão a desmatadores é irreal porque a anistia foi instituída pelo governo Lula. Aldo alega que apenas flexibilizou as exigências para a concessão do perdão estatal. Sarney Filho não se convence: "Nós não aceitamos que quem cumpriu a lei tenha o mesmo tratamento de quem não cumpriu".

Outro ponto sem acordo trata da faixa de preservação às margens de rios e riachos, e envolve as pequenas propriedades: no formato atual do texto, os agricultores precisam respeitar um limite que varia de 15 a 500 metros, a depender da largura do curso d"água. Em propriedades de dimensões reduzidas, isso inviabiliza o uso da maior parte do terreno. Cedendo à pressão da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aldo Rebelo deve ceder e reduzir em 50% este limite nas pequenas propriedades.

O debate sobre a dimensão da reserva legal é semelhante: o texto de Aldo Rebelo isenta pequenos produtores da exigência (a faixa a ser preservada varia de 20% a 80% da propriedade, de acordo com a região). Ambientalistas protestam. E agricultores familiares afirmam que podem perder parte significativa das terras utilizáveis, se tiverem de cumprir a obrigação. "Exigir reserva legal dessa massa de pequenos proprietários é uma tragédia social. Eles não têriam como se sustentar", diz Rebelo.

Protesto - Para pedir celeridade na votação do Código Florestal, cerca de 25 mil ruralistas devem protestar em Brasília, nesta terça-feira. Liderados pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), eles pedem celeridade na votação do projeto. "Não entendo por que querer mais tempo. Esse assunto já vem sendo discutido há muitos anos. Foram mais de 60 audiências publicas, com 4.000 pessoas ouvidas", afirma o presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez.

Um outro fator conta para a pressão por uma votação rápida: em 12 de junho, o decreto que suspende a punição a agricultores que desrespeitaram os limites legais perde o efeito. O governo até poderia prorrogar a medida, mas os agricultores dizem que a incerteza jurídica não pode ser estendida. Sarney Filho, por sua vez, não tem pressa: "Se até junho não houver uma solução , nós achamos que o decreto pode ser prorrogado por mais tempo"."