segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Prêmio FINEP nacional será entregue em Brasília

Esta fase encerra o Prêmio deste ano, após as premiações regionais, que selecionaram os melhores em sete categorias para concorrer à etapa nacional

Nesta segunda, 29/11, em Brasília (DF), acontecerá a cerimônia de premiação da etapa nacional do Prêmio FINEP de Inovação 2010. A entrega dos troféus, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e pelo presidente da FINEP, Luis Fernandes, será na CNI (Confederação Nacional da Indústria), Quadra 01, Bloco C, Edifício Roberto Simonsen, às 12h30. Esta fase encerra o Prêmio deste ano, após as premiações regionais, que selecionaram os melhores em sete categorias para concorrer à etapa nacional. Os vencedores receberão recursos do programa de Subvenção Econômica, que variam de R$ 120 mil a R$ 2 milhões, dependendo da categoria premiada.

No domingo, 28/11, os representantes das instituições finalistas farão a defesa de seus projetos para a comissão julgadora, das 8h30 às 18h, também em Brasília, no Hotel Mercure Lider.

Em sua 13ª edição, o Prêmio é um reconhecimento a quem faz inovação no País. Além de troféus, os recursos financeiros serão usados no desenvolvimento de projetos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Este ano, o Prêmio recebeu 885 inscrições em todo o Brasil, dos quais 307 do Sudeste, 224 do Sul, 159 do Nordeste, 113 do Centro-Oeste e 82 do Norte.

Nesta edição, houve sete categorias – Instituição de Ciência e Tecnologia, Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa (exclusiva para a etapa Nacional), Tecnologia Social e Inventor Inovador (apenas para candidatos com patente depositada no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial e efetiva comercialização de suas criações nos últimos três anos) e Gestão da Inovação.

Conheça os finalistas regionais que concorrem ao Prêmio Nacional, em cada categoria:

Categoria Média Empresa

Centro-Oeste - Aker Consultoria e Informática (DF)

Nordeste - JOONGBO Química do Brasil (CE)

Sul - DENTSCARE (SC)

Sudeste -Treetech Sistemas Digitais Ltda (SP)


Categoria Micro e Pequena Empresa

Centro-Oeste - Fidelity Desenvolvimento e Prestação de Serviços de Software (MT)

Nordeste - Softwell Solutions em Informática (BA)

Norte - S A Pharmacos e Cosméticos LTDA (AM)

Sul - TECHRESULT Soluções em Tecnologia da Informação (PR)

Sudeste - Internacional Científica Ltda (SP)


Categoria Tecnologia Social

Centro-Oeste - Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho (MS)

Norte - Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (AM)

Nordeste - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (BA)

Sul – ADENAM - Associação da Juventude Defensora da Natureza de Matelandia (PR)

Sudeste - Programa Rede Jovem / Solidaritas (RJ)



Categoria ICT - Instituição de Ciência e Tecnologia

Centro-Oeste - IMAmt- Instituto Matogrossense do Algodão (MT)

Norte - Instituto CERTI Amazônia (AM)

Nordeste - Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife - C.E.S.A.R (PE)

Sul - Departamento de Inovação Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina (SC)

Sudeste - Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (MG)



Categoria Inventor Inovador

Sudeste - Julio Abel Segalle (SP)

Nordeste - José Nilo Alves de Sousa Junior (RN)

Sul - Fernando Alberto Grazziotin (RS)



Categoria Gestão da Inovação

Centro-Oeste - Centrais Elétricas do Norte do Brasil (DF)

Nordeste - Softwell Solutions em Informática Ltda EPP (BA)

Norte - Pharmacos (AM)

Sul - EMBRACO - WHIRLPOOL S A - Unidade Compressores e Soluções Para Refrigeração (SC)

Sudeste - Sadia (SP)

Fonte: FINEP/ RTS

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ministra do Meio Ambiente defende adiamento da votação do Código Florestal


Publicada em 22/11/2010 pela Agência Brasil. Autora: Elaine Patricia Cruz. Edição: João Carlos Rodrigues.

São Paulo - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (22) que o Código Florestal não deve ir à votação este ano, como desejam alguns deputados federais. Segundo ela, a discussão sobre a proposta precisa ser ampliada na sociedade. “O tema requer mais debate. A proposta que está em discussão é insuficiente.”

Para a ministra, o projeto não pode ser votado no final da legislatura. “Até porque a sinalização que temos da sociedade é da insuficiência do debate.” Segundo ela, a aprovação da proposta, da forma como ela foi concebida, pode provocar vetos. “Somos a favor da modernização do Código Florestal, mas precisamos aperfeiçoar o debate, considerando as diferenças regionais.”

De acordo com Izabella Teixeira, há uma “elite política, tradicional e associada à agropecuária” que não deseja ampliar o debate sobre o código. A ministra disse que também há extremismo entre os ambientalistas. Isso, acrescentou, prejudica o diálogo sobre o tema. “Quando falo em elite são os segmentos que não querem debater por serem radicais, tanto do lado ambiental quanto do lado da agricultura”.

Perguntada sobre a sua expectativa em relação à 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá ainda este mês, em Cancún (México), a ministra disse que acredita que haverá avanços. “Se conseguirmos aprovar a agenda que está na mesa, que é um pacote com a prorrogação da segunda fase do Protocolo de Kyoto, medidas em torno do hedge e de adaptação e mitigação, que seguem a agenda de Copenhague, avançaremos na agenda.”

As negociações durante a conferência serão complexas, mas o Brasil vai a Cancun com disposição para negociar e ter resultados. “O papel do Brasil será de um negociador e de um facilitador”, afirmou a ministra.

Dica da Semana - Curso sobre Comunicação para Sustentabilidade


A Consultoria Finanças Sustentáveis irá promover no próximo dia 07 de dezembro, das 8h30 às 18h, em São Paulo, o curso "Comunicação para a Sustentabilidade.

O curso irá qualificar seus participantes a adquirir referências que contribuam para a produção de conteúdos sobre os diversos e complexos aspectos ligados à comunicação da sustentabilidade nos negócios.

Principais tópicos:
- Acontecimentos mais marcantes da sustentabilidade no Brasil e no mundo
- O que é desenvolvimento sustentável
- Sustentabilidade nos negócios (dimensões econômica, social e ambiental – Tripple Bottom Line)
- Diferenciação entre sustentabilidade nos negócios e investimento social privado
- Conceito de pegada ecológica
- Ciclo de vida dos produtos e certificações socioambientais (ISO 14000, OHSAS 18001 e FSC)
- Marketing "verde" e greenwashing
- Conceitos de neutralização de carbono e eco-eficiência
- Iniciativas relevantes de sustentabilidade:
Carbon Disclosure Project - CDP Pacto Global
Princípios do Equador Global Reporting Initiative - GRI
Protocolo Verde dos bancos brasileiros Pacto Ethos
- Índices de sustentabilidade das bolsas
- Desafios trazidos pela crise climática
- A importância do diálogo das empresas com os públicos de interesse
- Casos práticos de sustentabilidade
- Análise de notícias, relatórios e sites de sustentabilidade de empresas de diferentes setores de atividades

Metodologia:
- Uso de filmes específicos, dinâmicas de grupo e discussão de casos práticos
- Material didático com vários casos de negócios sustentáveis
- Participantes receberão dois livros sobre sustentabilidade nos negócios

Instrutores:
Victorio Mattarozzi e Cássio Trunkl

Investimento:
R$ 600,00, inclui certificado, material didático e alimentação

Inscrições:
www.financassustentaveis.com.br/imgs/fichadeinscricao.xls

Local:
Hotel Tryp Itaim - Sol Meliá
R. Manuel Guedes, 320 - Itaim Bibi - São Paulo - SP

Mais informações:
cursos@financassustentaveis.com.br
Tel. (11) 3586-0859 / 3582-0915

Saiba mais sobre outros cursos e palestras sobre sustentabilidade nos negócios em: www.financassustentaveis.com.br/cursos.aspx

CONSULTORIA FINANÇAS SUSTENTÁVEIS
www.financassustentaveis.com.br

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Seminário em São Paulo discute economia verde e inclusiva

Por Aron Belinky

O tema "Economia Verde" está emergindo com cada vez maior visibilidade, e será um dos grandes focos do debate daqui para a frente. É uma expressão instigante, mas nova e imprecisa, que ainda dá margem a muitas dúvidas. Atenta a este fato, a Green Economy Coalition - GEC (www.greeneconomycoalition.org, em inglês) está realizando em vários países do mundo uma série de "Diálogos Nacionais", visando dar mais clareza ao tema, e a focar o modo como este será tratado em maio de 2012, na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro. Como membro da GEC e colaborando nesse processo, o Vitae Civilis - em parceria com o PNUMA e o IEED (Londres) e com o apoio de um várias entidades e empresas de alta relevância nacional e global - realizará nos dias 11 e 12 de Novembro, em São Paulo, o seminário "Diálogos Nacionais - Rumo à Rio+20". Será uma reunião de 120 especialistas, com o objetivo de mapear as discussões do tema no Brasil e lançar bases para evolução do debate em 2011 e 2012. www.greeneconomy.org.br.

Há fortes indicações de que a expressão “green economy” - “economia verde”, na tradução literal – se tornará cada vez mais comum, tanto no discurso específico relacionado às questões da sustentabilidade, quanto na comunicação em geral. “Verde”, no entanto, é um adjetivo por demais impreciso e flexível para qualificar algo tão complexo e rico quanto o que se vislumbra como a expressão material peculiar da nova fase em que, se tudo der certo, entrará nossa civilização.

Verde, a princípio, é apenas uma cor, e evidentemente não se aplica à Economia. Mas pode também pode ser o contrário de “maduro” (quem sabe, até maduro demais, em vias de apodrecer). Nesse sentido, poderia ser mesmo o contrário da economia atual, que claramente já dá mostras de estar passando do ponto. Verde ainda pode ser – por extensão de sua aplicação a partidos e movimentos sociais - a qualificação do que é “ecológico”, “amigo do meio ambiente”, “sustentável”. É neste último sentido – ainda impreciso – que o “verde” colou-se à Economia.

É surpreendente que um documento oficial da ONU (a resolução 64/236 da Assembléia Geral, que convoca a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - também conhecida como Rio 2012 ou Rio+20) diga, literalmente que “O foco da Conferência incluirá os seguintes temas, a serem discutidos e refinados durante o processo preparatório: uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e de erradicação da pobreza, e o quadro referencial institucional para o desenvolvimento sustentável¹”. Diga-se, porém, em favor do uso do termo naquele documento, que a expressão já vinha sendo utilizada há bastante tempo, em publicações de várias origens e mesmo no âmbito da própria ONU.

A despeito desse uso cada vez mais corrente do termo, a imprecisão continua, com o risco de gerar confusão tanto maior, quanto mais de dissemine o seu uso. Ao realizar seus Diálogos Nacionais, a Green Economy Coalition² busca dar mais clareza ao conceito e, ao mesmo tempo, mobilizar os atores relevantes, articulando-os e identificando prioridades, oportunidades e desafios para acelerar a penetração desse novo paradigma nos fluxos dominantes da economia. Incidir nas políticas públicas de cada país e nos resultados da Rio+20 são também objetivos dessa iniciativa.

Outro ponto de alerta é a confusão entre “economia verde”, “desenvolvimento sustentável” e “sustentabilidade”. Evidentemente estes três conceitos são relacionados, mas não devem ser utilizados indiscriminadamente, nem intercambiados como se fossem equivalentes. A discussão sobre isto poderia tomar várias páginas, mas aqui deixaremos apenas registrado, sinteticamente, que o desenvolvimento sustentável pode ser visto como a macro-estratégia de nossa civilização, visando sua sustentabilidade num ambiente próximo ao natural. “Economia verde”, aqui, surge como o conjunto de mecanismos econômicos (ou a eles relacionados) por meio dos quais se deseja colocar urgentemente em marcha a instalação desse novo modelo civilizatório.

Pessoas, Planeta e Prosperidade - Como ponto central de nosso posicionamento, enfatizamos que a “economia verde” não pode limitar-se ao lado ambiental: é preciso também que sejam levados em conta os aspectos sociais e econômicos, junto com o bem estar e o potencial de realização pessoal de cada indivíduo. Por isso, preferiríamos traduzir green economy como “economia verde e inclusiva”.

Aparentemente as considerações acima são consensuais: são raras propostas que assumidamente enfoquem a “economia verde” como algo que vise exclusiva ou prioritariamente o aspecto ambiental, em detrimento de todos os demais. Assim, um bom ponto de partida parece ser a definição de “economia verde” próxima à proposta da Green Economy Initiative, do UNEP:

“É a Economia que resulta em melhoria do bem-estar humano e equidade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a demanda sobre recursos escassos do ecossistema. Uma ‘green economy’ é caracterizada por um crescimento substancial nos investimentos em setores econômicos que, visando tais resultados, aproveitam e potencializam o capital natural do planeta.”

Mas, se esta definição geral parece ser amplamente aceita, o mesmo não ocorre quando se trata da sua aplicação prática. Ao se enfocar situações concretas – como a definição de políticas econômicas e o estabelecimento ou direcionamento de negócios reais – surgem conflitos de várias naturezas: pode ser chamada de “verde” uma tecnologia que é menos emissora de gases de efeito estufa, mas que põe em risco a biodiversidade? Ou um sistema que, ao viabilizar a incorporação de variáveis ambientais como fatores de custo, abre também novas possibilidades de especulação, de privatização de ativos naturais ou de concentração de renda e poder? Ou, ainda, ganhos de produtividade que, ao mesmo tempo em que geram uso mais eficiente dos recursos naturais, também levam ao fechamento de postos de trabalho?

Isso sem falar na questão do crescimento, evidenciada em alguns poderosos discursos que substituem green economy por green growth, como se “economia verde” e “crescimento verde” fossem sinônimos. Não se trata de simples terminologia, mas de uma fundamental diferença quanto ao próprio foco e razão de ser da atividade econômica: é mesmo preciso – como até hoje se faz - buscar sempre o crescimento econômico (ignorando o fato de que é fisicamente impossível algo crescer indefinidamente num ambiente finito), ou devemos começar a pensar seriamente na prosperidade sem crescimento, ou seja, na maximização dos benefícios daquilo que já se dispõe, por meio de maior produtividade e melhor uso e/ou distribuição dos recursos?

A constatação das polêmicas acima coloca em evidência pelo menos dois pontos fundamentais: um, que as condições “verde”/“não verde” não podem ser vistas binariamente e, outro, que para se orientar uma ação coordenada (ou pelo menos alinhada) rumo à “economia verde”, será necessário ir além da definição consensual genérica, construindo-se definições mais tangíveis, que sejam operacionais, sem perder a consistência com a definição geral. Produzir diretrizes e construir caminhos para o consenso em relação a pelo menos esses dois pontos é o propósito dos Diálogos Nacionais, promovidos pela Green Economy Coalition e seus parceiros.

Leia o texto completo na seção artigos em destaque em www.vitaecivilis.org.br

¹Tradução do autor, de trecho do documento “United Nations – A/RES/64/236, de 24/12/2009, parágrafo 20(a), p.5).
²Rede formada em 2009 com o objetivo de acelerar a transição para a green economy e, ao mesmo tempo, garantir que esta seja entendida em sua plenitude. Visite: www.greeeneconomycoalition.org